Hoje, enquanto te escrevo, depois do jantar, chove intensamente. Chove na mesma medida em que fez calor no fim-de-semana, ou seja, muito. E aqui não são precisos 40ºC para eu dizer que "está calor"; digo isso assim que o mercúrio atinge os 25ºC (aqui a radiação é 40% mais intensa que na Europa!) e no Sábado os termómetros registaram temperaturas nunca antes sentidas por estas ilhas - 33ºC em
Blenheim, o local de maior exposição solar na NZ (uma espécie de Amareleja!) e em que se encontram as vinhas que te mostrei do comboio. E, se no Sábado houve um recorde, Domingo não se ficou atrás e foi a vez de
Christchurch - em menos de meia hora os termómetros desceram 10ºC!
Dadas as circuntâncias, parece que escolhi mesmo o fim-de-semana ideal para ir a
Wellington; neste estaria literalmente assada! E é mesmo o "melhor de
Wellington" que te quero mostrar hoje...bem, talvez não seja o verdadeiro melhor - não tive tempo para ver tudo - mas é o "meu" melhor.
A minha primeira reunião levou-me até
Gretta's Point na
Eden's Bay, o lado Oeste de
Wellington.

Além de ser um local magnífico pelo azul do mar, pelos iates na marina, pelas colinas semeadas de "casinhas", todas com enormes janelas de vidro sobre a baía, ainda se esmeraram nas esculturas ao longo da marginal - são todas de homenagem ao vento, já que aqui está sempre vento!

Este objecto estranhíssimo é um...Zefirómetro!

Depois da reunião, e já que estava um dia tão agradável - quente mas não muito e com uma leve brisa marinha - resolvi caminhar pela marginal até ao centro da cidade, já que ainda tinha duas horas até à próxima reunião.

Além de praias, marinas e pontões

nesta marginal também se pode treinar o "melhor amigo"

E com uma paisagem destas...

...não admira que os pinguins queiram nascer aqui.

Por momentos achei que o sinal era brincadeira mas na praia estava um cartaz gigantesco que pedia que não se perturbassem os ninhos e ovos dos pinguins senão...e era uma multa séria!
E com um mar destes, também não me surpreende que aproveitem qualquer lugar para colocar um banco...

...pelo menos tem sempre sombra!
E como de pintar paredes percebem os
Kiwis, aqui fica mais uma obra de arte de rua.

Nada do que vês tem relevo, excepto o candeeiro a meio! Belo trabalho, não?!
E do outro lado da estrada...

...uma praia de areia branca! Não resisti - tive que ir molhar os pés...e metade das calças...ooops!

Depois de ter os pés mais fresquinhos, continuei a minha caminhada ao longo de um mural que lembra a importância de salvaguardar a vida marinha, desde o mar profundo até à praia.



Aqui, se uma rua sobe, a seguir desce e, se vais descer uma rua prepara-te...a seguir vais ter que subir!

Depois da minha segunda reunião ainda consegui ver todo o
TePapa - o museu de "tudo" da NZ.

Aqui pode ver-se de tudo: bichos (mas não verdadeiros), plantas (algumas verdadeiras na floresta exterior), bichos que brilham no escuro das grutas -
glowing worms...
...réplicas de um bilhete enigmático que explica porque alguém se suicidou...

vacas de lata, a lembrar os males da produção em massa destes animais...

...e claro, muito da cultura Maori, como este templo (já tinha saudades de templos!).

A minha noite terminou num restaurante Maori -
Kai in the City - onde me deliciei com um prato típico de borrego, porco selavgem e galinha acompanhado de batata doce cozida, vegetais salteados e um belo vinho tinto produzido pelos Maori. Tive sorte - o dono do restaurante estava lá nessa noite e, além de me aconselhar a comida e o vinho, e falar muito comigo, ainda cantou para nós e ensinou-nos uma canção Maori. Não, ainda não coloco aqui porque ainda não está desvendado o número de focas nas pedras de
Kaikoura. Tens mais uns dias...
Beijinhos,
J
PS - amanhã haverá outro post acerca de uma festa que tivemos cá em casa ontem...