segunda-feira, 17 de março de 2008

Um outro mergulho...

Ainda não tinha os pés bem assentes na terra, depois de 3 dias no mar numa viagem de sonho e de duas viagens de avião de volta à NZ, quando aceitei um novo desafio - Skydive!

Estava ainda na Austrália, a caminho do jantar de grupo do mergulho, quando a Joana (uma outra Joana) me ligou a revelar os planos para o fim-de-semana: Skydive e passear no Abel Tasman, o parque natural mais a norte na ilha do Sul. Nem pensei duas vezes; chegada a CHC às 0h00 de quinta-feira, aluguei um carro no aeroporto e na manhã seguinte segui para Kaikoura (onde fomos ver as baleias, lembras-te?!) para apanhar a Joana e seguimos para Picton (onde apanhámos o ferry para Wellington, lembras-te?!) onde nos juntámos à Jenna.
Depois de jantar rumámos para Nelson onde passámos a noite a tentar dormir; digo "tentar" porque o nosso companheiro de dormitório tinha um ressonar poderoso que não permitia longos sonhos com qualquer tipo de mergulho. Talvez mais cansada do que me tinha deitado, levantei-me e disse "Bem, 'bora lá saltar de um avião!"
Tudo aconteceu muito rapidamente, em cerca de 15 minutos: vestimos o fato e o colete, dissemos umas palavrinhas para a câmara (sim, tenho um filme!), entrámos no avião, fui "amarrada" ao meu instrutor (um Checo muito divertido),
coloquei o capacete e os óculos, a Joana saltou, os outros dois saltaram, fui pendurada do lado de fora do avião, dei um último sorriso para a câmara e...
....o primeiro pensamento foi "no que é que eu me vim meter!!!!" e quando nos atirámos disse uma ou outra palavra começada por F mas é SENSACIONAL!!!! As caras que vês são porque nunca me calei durante os 60s de queda-livre: é mesmo como se tivessemos asas; não se sente o estômago a enrolar como na montanha russa e, apesar dos 200km/h, não se sente a "queda"; só o vento e uma enorme sensação de liberdade que não consigo explicar - tens mesmo que experimentar! Entendo como há pessoas que fazem isto todos os dias!

A paisagem é extraordinária e quando o pára-quedas se abre é um verdadeiro sightseing-tour de apenas 5 minutos sobre campos verdes, águas azuis e areias brancas...
Acho que as nossas caras revelam o que se sente "nas alturas"!
Mas depois de tantos dias de actividades radicais e viagens nada melhor que uns dias de descanso...e para descansar nada melhor que um refúgio da Natureza, uns dias de paz e sossego, sem absolutamente nada para fazer excepto descansar e, finalmente, dormir uma boa noite de sono. E no Abel Tasman só se pode mesmo fazer isto! É um verdadeiro paraíso - extensas baías de areia dourada, água verde transparente e calma...enfim, tudo o que vem nos postais!
E...estas fotos não te fazem lembrar um outro local?! Bem...já te mostro mais para veres do que falo.
O nosso backpacker era mesmo "à porta" da zona norte do Abel Tasman em Marahau e, por acaso ou talvez não, o nosso lodge tinha um nome curioso (está escrito na plaquinha, a branco, do lado esquerdo da porta)...
Ainda fomos à praia nesta tarde mas as sandflies (umas moscas pretas, pequeninas mas que picam como as grandes!) não nos deixavam em paz e o corpo começava a pedir descanso absoluto...
Ainda fomos espreitar o "parque de esculturas de madeira" onde encontrei uma belíssima representação da lenda Maori da origem das 3 ilhas da NZ (aquela estória da canoa)...
...e a mais gloriosa das aves, na côr certa e tudo!
Depois de um jantar apetitoso, de tentar decifrar uma ou outra constelação deste hemisfério e de uma belíssima noite de sono, apanhámos um Aquataxi (o meio de locomoção mais comum por estas bandas) até Tonga - a ilha reserva marinha onde existe uma colónia de leões marinhos ou fur seals, como preferires chamar-lhes - de onde regressaríamos pelo nosso próprio pé, através de um caminho pelas montanhas junto ao mar.
O motorista do Aquataxi parecia ter uma cassete (ou um DVD, para ser mais moderno!) na garganta com o discurso decorado e a primeira paragem foi numa verdadeira ora de arte natural que imita a realidade - a Split Apple! A paisagem antes de Tonga e depois de Tonga é simplesmente deslumbrante - águas calmíssimas de um verde transparente, montanhas verdinhas, areia dourada...curiosamente, lembra, em cada km, um local muito perto de casa...
à excepção destas amigas e das suas crias que, pelo menos por enquanto, ainda não temos no Parque Marinho da Arrábida!
Eu não me canso de as ver e de as fotografar e desta vez até consegui um aceno para a câmara!
A partir daqui vou calar-me e deixar-te apreciar as "vistas" para as quais não tenho palavras e temo que as fotos não lhes façam a merecida justiça mas cá vai...
Percebes agora quando te digo que não tenho palavras?! E lembra o Portinho, não lembra?! A mim lembrou...mas pode ser porque tenho saudades de casa...da nossa água transparente, das nossas tremendas extensões de areia branca, das riscas dos toldos, dos peixinhos à beirinha.
Foram uns dias e tanto, estes últimos! Estou cansada mas cumpri mais dois sonhos - mergulhar na Grande Barreira de Coral e Skydiving na Nova Zelândia. Agora é altura de fazer uma pausa, viver outras coisas e, claro, trabalhar para poder cumprir outros sonhos que comandam a minha vida...não, ainda não tenho nenhum plano concreto mas, como já bem sabes, posso decidir qualquer coisa nas próximas horas para não perder o balanço!
Beijinhos
J

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sob Azul...

Olá!
Até que enfim, pensas tu neste momento, verdade?! Este foi sem dúvida o mais difícil de publicar de todos os posts...muitas fotos, muitos peixes, muitas paisagens de cortar a respiração e, bem, vamos ao que interessa - a viagem, a aventura, a estória toda!

Comecei por esperar que "abrissem" o check-in em Christchurch porque resolvi ser obediente e estar no aeroporto 200 minutos antes da hora do vôo, o que não é muito agradável às 4h30 da madrugada mas, felizmente, não estava só - havia mais gente ansiosa por chegar a Sidney! A saída da NZ decorreu sem problemas e a entrada na Austrália também; desta vez a minha côr não me colocou em apuros e o passaporte foi lido electronicamente e à primeira!


Estava tudo a correr bem: um sol maravilhoso a aquecer-me os sonhos através da janela, uma água azul intenso lá em baixo, uma ou outra ilha verde perdida no imenso Tasman Sea, uma enorme extensão de floresta tropical. Mas, minutos antes de tocarmos o chão olhei para baixo e, por momentos, pensei que íamos aterrar num pântano: tinha chovido intensamente nos últimos dias e as estradas estavam alagadas, havia casas debaixo de uma água lamacenta e em parte nenhuma no meu horizonte se vislumbrava a praia; pensei - "onde me vim meter! A caçar/fugir de crocodilos nos próximos dias!" Mas não - no caminho para o hotel não havia "grandes desastres" nem criaturas com forte dentição e Cairns, a minha porta de saída para o Great Barrier Reef encantou-me imediatamente! Lembrou-me o Brasil pela alegria das pessoas na rua, pelo colorida das lojas e restaurantes
e pelo padrão de quadrados no chão. Aqui e ali, à sombra de uma palmeira ou de uma "pala",
sentavam-se grupos de Aborígenes com os seus enormes sacos. Aqui e ali, numa esquina qualquer, lembravam-me constantemente do motivo para estar aqui...

Ora, como estamos num país em que quase tudo o que vive na água te pode matar, lguém teve uma fantástica ideia: uma lagoa de água salgada, acompanhada da respectiva areia branca com nadador salvador e tudo!, no centro da cidade, à beirinha do oceano!

Apesar do calor intenso, e de chover torrencialmente de meia em meia hora - uma espécie de duche para refrescar -, resolvi caminhar um bocado antes de me sentar na lagoa a ler um livro. Foi então que, numa parede, ao longe, o vi: "um parasita pintado numa parede! Que máximo!" pensei eu...
...não, claro que não era! Quem pintaria um parasita numa parede?! Talvez nem eu...Era uma das figuras utilizadas pelos Aborígenes nas suas obras de arte; mas valeu a pena porque visitei a galeria a quem pertence a parede e fiquei encantada com algumas das pinturas cujo preço, infelizmente, vai muito além do meu Orçamento para os próximos 20 anos...

No dia seguinte, e depois de passar pela Pro Dive para preparar o material de mergulho, fui, finalmente, apanhar sol para a Lagoa! E que bem que se estava lá - água calma e quentinha, pessoas alegres, a rir e a "brincar" na água ou, simplesmente, deitados aos sol a ler...
...mas não aguentei muito - pelos vistos, não é só na praia que não consigo estar muito tempo na toalha, quieta, ao sol! Fui dar uma volta pelo passeio marítimo e, nem de propósito!, vi dois excelentes fenómenos da Natureza: Uma pequena nuvem de chuva, ao longe, e apenas sobre a zona da Marina...
... e um peixe que respira fora de água! e que eu apenas havia visto nos livros e, que por isso, fotografei em todos os ângulos possíveis e por mais de 15 minutos pra espanto de todos os japoneses e italianos que passavam por mim! É tão feio mas tão giro!
Continuei até à praia...água calma, areia branca...
...convidativa, não?! Pois, não fossem os crocodilos!
Mas há quem não se importe com eles - os caranguejos! Eram milhões sobre a areia molhada; moral da estória - os crocodilos não gostam de marisco!
Achei que era melhor sair daquela zona, mesmo estando longe da areia, e ir preparar a mala para levar para o barco onde passaria os próximos 3 dias, no meio do nada, longe de terra firme, rodeada pelo azul do Mar de Coral.
Partimos cedinho cedinho - foram buscar-me ao hotel às 6h00 e ás 7h00 já estávamos no barco a ouvir, atentamente, as regras e normas de segurança dos próximos 3 dias. Pés descalços para minimizar as escorregadelas, banhos curtos porque se a água doce se acabar acaba-se a festa, pessoas e roupa molhada dentro da cabine nem pensar! Cada um tinha um número de segurança (o meu era o 11, o que sempre tive nas turmas do secundário!) e sempre que nos fosse pedido teríamos que o dizer e confirmar que correspondia ao nosso nome; o número seria pedido sempre que o barco mudava de local e à noite, quando o Skipper "fechava" o barco. Senti-me segura com este esquema e tive a certeza que não me aconteceria o mesmo que ao casal de Norte-americanos: deixados no recife, rodeados de tubarões, e de quem, até hoje, não se sabe nada...
Apesar de todos estes avisos e normas, temos que assinar um termo de responsabilidade onde declaramos saber que mergulhar é uma actividade arriscada e que o estamos a fazer num local onde existe "vida marinha letal"...bem, vamos lá a isto!

O barco zarpou, finalmente, e ao fim de 3h de viagem, num mar que faria o da Figueira da Foz parecer um lago, ancorámos no que seria o primeiro local de mergulho que, ao contrário do que parece nos postais, não é, de todo, azul clarinho calmo! Mas depois do primeiro mergulho isso é tudo esquecido! São peixes de todas as cores, de todos os tamanhos, de todos os formatos! A água é azul, mesmo quando a visibilidade não é a melhor, e é quentinha, quentinha (29ºC). Os peixes vêm de todos os lados ver quem tu és - os pequenitos fogem nervosamente à tua frente e os grandes não te ligam nenhuma continuando o seu caminho; olhas para o teu companheiro, trocam sinais que significam tipos de peixes, direcções a seguir e olhares de "nem sei - é tudo tão fantástico!" até que, ao fim de 50 minutos, algum avisa que temos mesmo que voltar ao barco - o ar está a acabar. Por isso não admira que passada apenas uma hora fora de água, para um duche de água doce e um almoço apressado, e apesar de estar a carregar 15 kgs de equipamento, eu tenha esta cara antes do segundo mergulho!Sim, estou de fato, mas não é porque tenha frio - é um "stingsuit" para me proteger das medusas mortíferas que podem aparecer...
Desta vez levei a máquina! E, apesar da visibilidade não ser a melhor, e de a corrente não me deixar estar sossegada num mesmo sítio a fotografar os peixes, acho que te consigodar uma ideia do que foram mais 45 minutos debaixo de água!
O ar volta a acabar mas a cara não muda e parte-se para o 3º mergulho do dia ainda mais feliz do que para o 2º! A visibilidade tornou a não ser a melhor mas se os peixes não se importam...
...e nadam em todas as direcções permitindo imagens como esta...
...ou param um minuto para que esta seja a sua melhor foto frontal...
...pouco te importa que o mar não seja o das fotos! Eles estão lá todos á tua espera para o próximo mergulho e isso é que interessa!
Nesta primeira noite fiz o meu primeiro mergulho nocturno. Pensei que ía ter medo, que ía olhar para todos os lados à espera que uma criatura das profundezas me atacasse e que ía gastar todo o ar em menos de 15 minutos. Mas não! Quando fiquei completamente debaixo de água, junto com outras 10 pessoas e verifiquei que o mar não era negro mas sim verde escuro e que a visibilidade era melhor do que eu imaginava, esqueci-me de todos os perigos! E foi então que, guiados por um dos instrutores, vimos duas tartarugas ENORMES, numa reentrância do coral!Quase chorei de emoção! As minhas primeiras tartarugas selvagens ali, a um metro de mim! Acho que teria lá ficado até não ter ar só a olhar para elas...mas tivemos que voltar para cima porque a meia-hora permitida para os mergulhos nocturnos estava a terminar - só me lembro de dizer ao meu companheiro, o Chris, "podemos ir para baixo outra vez?!"

Enfim...dormi que nem uma pedra, embalada pelas ondas, até ouvir a voz do Oscar (outro dos instrutores) - "C'mon guys, let's get up and dive!". E assim foi: levantei-me, vesti o biquini, tomei um café, comi um biscoito e...tivemos que mudar de local porque um dos cabos de ancoragem se partiu! Melhor - este sítio era excelente, como se pode ver pelos desenhos do Oscar!

As bolas com perninhas são "cabeças de coral" e um deles, o que tem uma cara, chama-se Mickey Mouse! Encontrar o Mickey e depois as tartarugas seria o nosso objectivo.
Assim que descemos vimos uma raia que se deixou fotografar...
...mas logo a seguir veio algo muito melhor!
Sim! Uma tartaruga-verde! Passou por mim e continuou o seu caminho; percebi porquê logo a seguir - devia ser uma fêmea, tinha mais interesse no Chris!
Mas eu começava a ficar preocupada com uma das personagens do "À Procura de Nemo" - a Dory, não a via em lado nenhum! Mas no coral seguinte lá estava ela, perdida, como sempre!
E o Nemo, perguntas tu - encontrámos uma família inteira! Alguns não tinham mais que 5cm - eram tão queridos!
Mas não se fica por aqui: encontrei o mais Português de todos os peixes - o Bacalhau-Batata! Ele deve ter percebido a minha nacionalidade e fugiu mas ainda o consegui apanhar!
Este mergulho foi, talvez, o melhor dos diurnos porque vimos a tartaruga, os Nemos e a Dory...até descermos outra vez, passadas 2h, e vermos milhares de peixes coloridos...
...ameijôas gigantes (mais ou menos do meu tamanho!)...
...árvores de Natal!...
...Peixes gigantescos!...
...cabozes desconfiados...
...mais peixinhos coloridos, mais Nemos e mais tartarugas!
E, para terminar, um peixe-balão que preferimos não irritar! Chegou a hora do mergulho nocturno, desta vez sem guia e com o objectivo de ver Brian, uma tartaruga com 140 anos! e os tubarões do recife...Quando terminou a explicação do local, o Oscar lembrou-nos que nesta noite já haveria mais 20 mergulhadores certificados a bordo (os que tinham acabado o curso de mergulho de manhã) e que, no nosso lugar, ele tentaria estar na água o quanto antes para não ter que megulhar com a multidão...nunca sequer vesti o pijama tão depressa como vesti o fato, montei o regulador na garrafa, vesti o colete e calcei as barbatanas! Em 5 minutos estava pronta a mergulhar e o meu companheiro também - missão cumprida! Vimos o Brian na sua caverna, uma lagosta enorme e mais meia dúzia de peixes gigantescos mas...nada de tubarões! Esses só vimos quando voltámos para cima, a caminho do barco, a cerca de 5 metros de profundidade! Ficámos parados na espécie de baloiço preso ao barco, que usamos para fazer um "patamar de descompressão" e evitar acidentes vasculares devido aos mergulhos prolongados, e lá estavam eles, a nadar em círculos à procura do melhor peixe que estava a ser alimentado por um dos instrutores no barco, em jeito de isco, para que nós conseguíssemos ver os tubarões. Achei que não ía gostar de ver estas criaturas assim tão perto de mim mas enganei-me! Adorei! Estavam a 5 ou 6 metros de nós e nem nos ligaram - só olhavam de vez em quando para verificar se era peixe...
Foi excelente! Dormi outra vez que nem uma pedra e fui novamente acordada pela voz do Oscar a chamar todos para mergulhar. Os últimos 3 mergulhos foram feitos numa manhã, entre as 6h e as 11h e debaixo de chuva. Mas, mais uma vez, os peixes não se importam e, passado o primeiro metro de água turbulenta, eu também não!
Assim que descemos no primeiro vimos um tubarão a dormir na areia - esquecemo-nos que poderíamos ver outro qualquer peixe e ali ficámos simplesmente a olhar para ele...mas não nos ligou nenhuma, continuou a sonhar e nós também resolvemos não incomodar, pelo sim, pelo não...seguiram-se mais alguns peixes coloridos, mais peixes gigantes e mais corais de vários formatos.
Almoçamos à pressa e deixámos o Recife às 12h em ponto, para enfrentar um mar ainda pior que o da viagem até ao Recife...chovia que Deus a dava, a ondulação era forte e quase toda a gente estava meia-enjoada por ter que passar 3h na cabine...mas, finalmente, chegámos a terra firme mas depois de tantos dias no mar, a sensação de balanço continuou...por vários dias.

Para terminar em grande fomos todos jantar ao "Ratle and Hum" e, escusado será dizer, que foi muito divertido e o tema de conversa os peixes que vimos e o tamanho que tinham! Como bons pescadores, os nossos eram sempre os maiores!


De todas as pessoas a bordo, a que mais me impressionou foi o Don - um americano reformado adorável, pronto para a aventura que, apesar da idade e do desgosto de perder a mulher, não desistiu! Não fica a jogar cartas com os amigos e a ler livros em bancos de jardim - veio conhecer a Austrália sozinho, mergulhar no Great Barrier Reef apesar de não o fazer há mais de 10 anos, e tem que estar nos EUA antes de começar a época de vela! Mais uma lição de vida, digo eu!

E depois de uma jantarada nada melhor que um pézinho de dança num Club até que o corpo se recuse a mexer...estes foram os 5 resistentes até às 3h da manhã.
No dia seguinte, zonza do barco, estafada de uma noite curta e encalorada, fui a Kuranda, uma vila no cimo da floresta tropical, com os meus novos amigos Suíços - a Martina e o Pascal!
Foi divertidíssimo porque o cansaço nos faz dizer coisas parvas e porque estávamos animados por estar de férias num sítio destes, ter mergulhado num local fantástico e ter conhecido gente gira! Kuranda é bonitinha, com as casinhas todas do mesmo estilo e em diferentes cores garridas mas quando lá chegámos estava tudo a fechar porque os turistas já tinham partido...chegam perto das 8h e tudo termina às 15h - parecia um cenário de novela, com tudo completamente deserto!
Mas o nosso maior interesse era ver cascatas e, pelo menos por enquanto, a Natureza ainda não tem hora para fechar. E, tchanam!

Barron Falls!

Estes dias na Austrália foram, de facto, fantásticos! Em tudo! Adorei cada momento mas os que passei debaixo de água são inesquecíveis...daqueles que gravas na memória como uma sucessão de fotos e de cada vez que fechas os olhos eles aparecem. Não há mesmo explicação!

Mas a aventura não ficou por aqui...tinha acabado de sair do barco quando me ligaram da NZ com uma proposta de fim-de-semana; não resisti, disse que sim! Amanhã conto-te porque este post já vai longo.

Beijinhos,

J

PS - o colar esteve comigo o tempo todo mas só o fotografei "ao de cima"!