terça-feira, 29 de janeiro de 2008

A partir daqui, só de barco!

Olá,

o post hoje é muito pequenino...tal como a distância percorrida - apenas 100km em busca de peixes-chatos. E foi mesmo uma chatice porque não os consegui encontrar...andei pela beirinha, por cidades portuárias e por estuários mas está tudo fechado,falido ou para venda...e as cidades desertas, como se tivessem sido abandonadas depois de uma catástrofe...parece que ninguém quer viver neste paraíso...

Mas, "chatices" à parte, valeu a pena todo o caminho! Mesmo o das últimas 24h desde ali
e ao longo de toda esta península
para chegar a Bluff
e ao que é conhecido como o último ponto da ilha do Sul - Stirling Point...
...e descobrir que o lugar mais perto de casa dista quase, quase, quase 19000km e o mais perto em que estivemos nesta volta está, ainda assim, muito longe!
Neste ponto do globo não há como "perder o Norte" - esse é mesmo o único sentido possível uma vez que a estrada SH1 começa/termina aqui, embora, na realidade, a estrada siga para Oeste...confuso, não?! Além de estar muito a Sul de todo o resto do mundo, a NZ está "na diagonal" o que faz com que os pontos cardeais fiquem "distorcidos" e caminhar para o Norte de uma das ilhas seja caminhar para Este. Também por isto o Slope Point não parece, quando se olha isoladamente para o mapa da ilha do Sul, o ponto mais a Sul...tinha sido tão mais fácil se a separação da ilha do antigo (muito antigo mesmo) continente Gondwana (de onde "saímos" todos) tivesse seguido "a direito" - desde cedo quiseram ser diferentes!

E, se a Este de Invercargill a costa é recortada por baías de águas azuis e areais brancos, lagoas e estuários, a Oeste a paisagem não é muito diferente. Ainda na esperança de "uma boa pescaria" segui até Riverton, a Riviera da Southland (segundo o Lonely Planet e, claro está, os padrões Neo-Zelandeses)...
...enfim, não é bem a mesma coisa mas tem um estuário lindíssimo e ainda "desabitado" (que a Riviera não tem!)
e uma praia cheia de surfistas!
Depois de uma espécie de creme de marisco (sim, com muitos mexilhões!) numa esplanada, acompanhada pelas Memórias de Cleópatra e embalada pelo som das ondas, voltei a Invercargill.
É uma cidade pequenina, é certo, mas com um grande património arquitectónico (dentro do padrão Neo-Zelandês, claro está). Os nomes das ruas (Don, Dee, Tyne, Tay) e o estilo dos edifícios lembra a Escócia...
...mas o reflexo do Sol nos edifícios não deixa dúvidas de que estamos bem mais a Sul!
E, pelo menos até agora, ainda não achei nenhum jogo de tabuleiro pelas ruas!
Amanhã vamos mesmo ao paraíso...segundo o Lonely Planet.
Beijinhos,
J

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