Ontem não te contei nada...estava tão cansada do centro da cidade, do calor intenso e húmido e da enorme constipação que não me deixavam respirar...
Mas hoje, cá estou! E com dois dias, daqueles grandes, para contar :)
O dia de ontem começou com um passeio forçado pela rua central de Kwoloon em busca de uma espécie de farmácia mas, como ao contrário do que eu esperava, o comércio só abre às 10h, lá tive que me entreter a passear pelo "jardim" de Kwoloon. Não é bem feio mas também não é um jardim; é uma espécie de canteiro grande entre arranha-céus. Enfim, foi o que conseguiram fazer na selva urbana e, acredita, há "jardins" com muito menos árvores ou mesmo ervas aqui por esta banda.
Depois de um café nesse lugar de culto que é o Starbucks (sim, de culto do café espresso ainda que não chegue aos calcanhares de uma boa bica Portuguesa) segui para o Mercado de Jade. Eu não sabia (mas talvez porque nunca tinha sequer prestado atenção a isso) que existe Jade que não é verde! Fiquei a saber que se pode ter apenas um pedacinho pequenino de Jade e a juventude eterna está garantida.
Depois de um café nesse lugar de culto que é o Starbucks (sim, de culto do café espresso ainda que não chegue aos calcanhares de uma boa bica Portuguesa) segui para o Mercado de Jade. Eu não sabia (mas talvez porque nunca tinha sequer prestado atenção a isso) que existe Jade que não é verde! Fiquei a saber que se pode ter apenas um pedacinho pequenino de Jade e a juventude eterna está garantida.

Como boa turista que sou, apanhei o mítico Star Ferry para HK island e...bem, a partir daqui as imagens valem mais que tudo o que te possa dizer.




Ainda com o calor abafado, o nariz a pingar e a enorme vontade de ver (e de te mostrar) mais de Hong Kong, meti-me no autocarro 6X de volta ao centro financeiro do mundo (oriental). Depois de quase uma hora de viagem e de uma escalada difícil das ruas de HK, em passo apressado de chinês até apanhar o Peak Tram (um Sr. simpático guiou-me porque as indicações aqui são muito más), meti-me na fila de turistas de todas as nacionalidades. O Peak Tram leva-nos por uma montanha com 26º de inclinação - é um bocadinho duro para as costas nos bancos de madeira de 1920 mas vale a pena. Ora diz lá que não é lindo e igualzinho aos postais!

E jantei aqui, com esta vista, ao som de música americana dos 70 e 60 num restaurante inspirado no Forrest Gump. Sim, o filme! E tinha lá uma frase bastante real, nada cinematográfica - you may be an idiot but you're not stupid! E pronto, lá tive que me rir, sentada sozinha numa mesa, fazendo justiça à bendita frase :)
Depois do jantar voltei ao nível do mar, voltei ao Ferry, voltei a Kwoloon e mais uma vez (hoje estou a repetir-me bastante) o meu dicionário não chega para estas vistas:

Não, não digitalizei postais! É mesmo assim, sem montagens, sem truques de filtros e lentes - é só muito mais bonito de noite porque ilumina o que é bom e não se vê a desgraça. Sim, também tem e algumas eu até fotografei mas não me apetece mostrar aqui. Tem gente pobre sentada no chão e a pedir nas esquinas do centro financeiro, tem casas decrépitas paredes meias com prédios de porteiro de luvas, tem mercados quase "sinistros" entre os prédios de centros comerciais mas longe dos bancos HSBC e Bank of China. Enfim, HK também é igual ao resto do mundo...
Mas aqui, o que mais me impressiona, é a falta de educação das pessoas que, suponho, está relacionada com a falta de espaço. Como diz o Gonçalo Cadilhe, e muito bem, no Oriente a "intimidade não existe" - aquele espaço próprio que temos no Ocidente, o nosso metro quadrado, aqui reduz-se brutalmente. Talvez por isso não se respeitem filas até que os olhe com fúria (sim, mesmo os de 700 anos têm que ir para trás de mim e, então sim, até lhes posso dar passagem!), não se dá o lugar a alguém idoso (só eu me levantei para isso!), não se pede desculpa com um brutal encontrão, não se espera que saiam das carruagens ou do elevador antes de se entrar...
Se ontem me sentia mal e tudo isto me irritava ainda mais, hoje, se bem me conheces, tudo me passou com a Magia da Disneyland, e logo no Metro! Não há nada que um bom Pateta não cure! Aqui ficam as fotos porque também não há palavras...

E por hoje já chega - vou dormir!
Beijinhos,
Até amanhã
PS1 - Obrigada por me explicares a "que afinal não é uma cruz suástica"!
PS2 - Continua a ver a viagem do colar!
2 comentários:
é que nem Fernão Mendes Pinto descreveu tão bem a sua peregrinação...estas narrativas estão como a marcha de Azeitão..."tudo ao pormenor"!!!Desde o camarão seco ao preço dos bilhetes. Estou a adorar!! Só que assim dá vontade de lá ir também e agora não posso :( mas eu sei que estou na caixinha :)) mtos jinhos
Também eu estou a adorar fazer esta viagem contigo!!!! (recadinho pra ti!!) Muitos jinhos, e jocas!!!!! (Quando estiveres a voar, deita mais umas pedrinhas minhas, fiquei com mais...)
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